Assassinos na verdade aliados dos Templarios!

Aproximação com os cruzados



Hassan Sabbah e seus sucessores trataram de ocupar a maior parte dos fortes e fortins, numa linha que se estendia do Irã até a Palestina, passando pela Síria, para fazer com que a influência da ordem fosse sentida em todas as paragens e para que os punhais dos devotos provocassem medo em toda a parte. Odiados por turcos e árabes, por sunitas e xiitas, dos quais eram um ramo dissidente, foi inevitável que a Ordem dos Assassinos, num primeiro momento, se aproximasse dos cavaleiros cruzados, tão estranhos na região da Terra Santa, como eles mesmos se sentiam. Não só isso. Seguramente foi aquela simbiose entre fé fanática e disciplina militar extremada que fascinou os primeiros nove cavaleiros cristãos, liderados por Hugo de Payens, decidiram-se por fundar a Ordem dos Cavaleiros do Templo, no ano de 1118. A dedicação integral e absoluta dos devotos, a abjuração de tudo, inclusive da vida, a cega obediência e o espírito de ordem monástico-guerreira que os tornava membros de uma cavalaria espiritual, logo estreitou ainda mais o ideário dos cavaleiros cristãos com dos assassinos.
Os templários não só adotaram uma série de preceitos e regulamentos tomados emprestados da Ordem dos Assassinos, como também fizeram suas as cores deles: o branco e o vermelho. Tão próximas foram estas relações que até Luís IX, rei da França, erta vez enviou uma missão diplomática a visitar o castelo de Jebel Nosairi, ocupado por um chefe local da Ordem dos Assassinos. Frederico II, o Barbarossa, o imperador alemão que participou das cruzadas, convidou vários ismaelitas para que o acompanhassem de volta à Europa, dando-lhe copa franca na sua corte. A atração por sociedades secretas seduziu também aos poetas italianos do Dolce stil nuovo, como Guido Cavalcanti e Dante Alighieri, que, inspirando-se numa livro da mística xiita intitulado Jardim dos Fiéis do Amor criaram a sua própria irmandade secreta, a dos Fedeli d´Amore. Portanto, o gosto de muitos europeus por congregarem-se ao redor de lojas esotéricas, com rígidos rituais de iniciação e um ar secretíssimo, hábito tomado na época das cruzadas, provavelmente lhes foi instilado pelos feitos da Ordem dos Assassinos.

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